Jacques-Yves Cousteau nasceu a 11 de Junho de 1910 era um oficial da Marinha Francesa, explorador, ecologista, realizador, inovador, cientista, fotógrafo, autor e investigador que estudou os oceanos e todas as formas de vida aquática. Co-desenvolveu o Aqualund (equipamento de mergulho SCUBA que consiste num cilindro de ar comprimido e de um regulador de mergulho que supre a necessidade de gás respirável à pressão ambiente), foi pioneiro na questão da conservação marinha e foi um membro da Academia Francesa. É também conhecido como “o Comandante Cousteau” ou “Capitão Cousteau”.
Apesar de uma formação na Escola Naval, a sua carreira na aviação naval foi encurtada após um acidente de carro. Assim, debruçou-se no seu interesse pelo mar. Cousteau também pertenceu aos serviços informativos da Marinha Francesa e foi enviado para missões em Shangai e no Japão (1935-1938) e na URSS (1939).
Tendo passado parte da sua infância nos Estados Unidos, Cousteau falava bem inglês; além disso, manteve relações com os soldados franceses da África do Norte e assim ajudou a Marinha Francesa a juntar-se de novo com os Aliados na Segunda Guerra Mundial. Organizou uma operação contra os serviços de espionagem italianos em França e recebeu por isso várias condecorações militares.
Em 1949, Cousteau deixou a Marinha Francesa e um ano depois fundou a French Oceanographic Campaigns (FOC). Alugou o navio “Calypso” e alterou-o de modo a ser um laboratório móvel para ivestigações, para mergulhar e filmar.
Em 1960 uma enorme quantidade de lixo radioactivo ia ser despejado no Mar Mediterrâneo pelo Comissariado da Energia Atómica (CEA). O CEA argumentou que os despejos eram algo experimental na natureza e, inclusive, alguns oceanógrafos o tinham recomendado. Estes tinham em mente uma quantitade muito mais pequena e rapidamente se colocaram ao lado de Cousteau, que teve a opinião pública francesa a seu lado. O director do CEA adiou o despejo e Cousteau organizou uma campanha publicitária que em menos de duas semanas obteve muito apoio dos cidadãos. O comboio com os resíduos a serem despejados foi bloqueado por mulheres e crianças que se sentaram nos carris e este não pode seguir viagem.
Jacques Cousteau morreu a 2 de junho de 1997 em Paris, aos 87 anos, e o seu legado inclui mais de 120 documentários, mais de 50 livros, e uma fundação de protecção ambiental com 300,000 membros. Cousteau auto intitulava-se um “técnico dos oceanos”. Ele era um apresentador sofisticado, um professor, e um amante da natureza. O seu trabalho permitiu que muitas pessoas explorassem os recursos dos oceanos. Criou também um novo tipo de comunicação científica, criticada na altura por alguns investigadores. O “divulgacionismo”, uma forma simples de partilhar conceitos científicos, foi empregue rapidamente noutras disciplinas, e tornou-se uma das características mais importantes da televisão moderna.
Curiosidades:
- Durante a II GGM, Cousteau manteve sempre distância do seu irmão, Pierre-Antoine Cousteau, um anti-semita que escreveu o jornal colaboracionista “Je suis partout” e que recebeu a pena de morte em 1946. Contudo, esta sentença foi alterada para prisão perpétua e o seu irmão foi libertado em 1954.
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